terça-feira, julho 27, 2004

Avoiding a new roller coaster.

domingo, julho 25, 2004

Fim de domingo

Finzinho de domingo, dissipa-se o peso. Feliz para começar a semana. Raro, muito raro isso. Não sei determinar qual foi a mudança, mas algo mudou. O post anterior não foi depressivo, foi uma vontade, expressa de forma intensa. A minha vontade de não ver o mundo no dia de hoje. E hoje passou e alguns sentimentos também se foram. Talvez essa seja a sutileza. Coisas boas, outras nem tanto.
Eu e um copo ao meu lado. Não sei o que antes preenchia ele, no momento vazio.
Domingo, 11 e 40 da manhã. Essa sensação estranha me persegue. Todos os domingos ela volta. Não, hoje não é um dia bom. Ainda não consigo sair do meu quarto e ver o mundo. Meu mundo é aqui, onde as cortinas ainda estão fechadas, o telefone foi arrancado da parede e esse computador está ligado. Só isso. Ainda não tenho forças para as mesmas repetições esdrúchulas do sempre. O frio, ahhhhh ele me salva. Mil coisas, mil coisas veem... A minha cabeça quase pesa, um peso dificil, duro. Eu quase piro. Eu ainda não queria acordar, mas não consigo mais dormir. Ter que ver o mundo, hoje eu não queria. Eu queria continuar só eu...

sábado, julho 17, 2004

Surto !
Não aguento mais ver vídeos e ficar em casa.
M. !

domingo, julho 11, 2004

Coisas antigas.

Esse é um texto antigo, minha época de arrogância, muita arrogância, hehe.


A Chegada do Super Homem
Pode-se viver de diversas maneiras . Na maioria dos casos , as maiores alterações são resultado de vários níveis de complexidade .
Num primeiro momento , simplifica-se tudo para facilitar . Isso porque , a própria natureza humana já cria problemas demais intrinsecamente. Então , fica-se feliz com pouco . Essa é a altura da grama , rasteira , incapaz de se expandir verticalmente . Vive-se o desejo, a paixão , o dionisíaco . Entretanto, essa própria existência humana é podre , pervertida . Logo , são necessários recursos para amenizar essa realidade . Sem outras possibilidades de se concretizar algum sentimento positivo , diariamente seus mundos esboroam-se , numa explosão preta , tornando gradualmente os indivíduos mais céticos . Ama-se ao mundo , mas não é suficiente . Logo , os sentimentos passam a ser encenados para autoproteção . Certamente não agüentariam ficar à deriva da vida , cheia de surpresas . Essas restrições castram certos tipos de prazeres , tornando o prazer físico , o mais relevante na maioria das vezes .
Uma vez conseguindo transpor esse mundo , nos tornamos super-homens . Essa existência medíocre passa a nos dar náuseas . Conseguimos ir além , e ao invés de simplificar , tornamos mais complexo . Criamos nossos próprios desafios , numa tentativa de superarmos nossos limites . Então , diversificamos tanto nossa capacidade de sentir prazer , que somos capazes de viver realmente . Podemos agüentar as incertezas e angustias, pois nossos mundos são tão vastos que os problemas parecem ficar diminuídos, diluídos na imensidão de possibilidades . O Homem então parece ridículo , assim como o macaco é para ele .

T. S. Eliot

"A CANÇÂO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK

Sigamos então, tu e eu,
Enquanto o poente no céu se estende
Como um paciente anestesiado sobre a mesa;
Sigamos por certas ruas quase ermas,
Através dos sussurrantes refúgios
De noites indormidas em hotéis baratos,
Ao lado de botequins onde a serragem
Às conchas das ostras se entrelaça:
Ruas que se alongam como um tedioso argumento
Cujo insidioso intento
É atrair-te a uma angustiante questão . . .
Oh, não perguntes: "Qual?"
Sigamos a cumprir nossa visita.

(...)

No saguão as mulheres vêm e vão
A falar de Miguel Ângelo.
E na verdade tempo haverá
Para dar rédeas à imaginação. "Ousarei" E . . "Ousarei?"
Tempo para voltar e descer os degraus,
Com uma calva entreaberta em meus cabelos
(Dirão eles: "Como andam ralos seus cabelos!")
- Meu fraque, meu colarinho a empinar-me com firmeza o
queixo,
Minha soberba e modesta gravata, mas que um singelo alfinete
apruma
(Dirão eles: "Mas como estão finos seus braços e pernas! ")
- Ousarei
Perturbar o universo?
Em um minuto apenas há tempo
Para decisões e revisões que um minuto revoga.



Pois já conheci a todos, a todos conheci
- Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes,
Medi minha vida em colherinhas de café;
Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono
Sob a música de um quarto longínquo.
Como então me atreveria?

(...)


Envelheci . . . envelheci . . .
Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.

Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
pêssego?
Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.

Não creio que um dia elas cantem para mim.

Vi-as cavalgando rumo ao largo,
A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.

Tardamos nas câmaras do mar
Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos."

(tradução: Ivan Junqueira)




terça-feira, julho 06, 2004

Roubados do DDD, antigos...

Amor eterno só existe quando você está apaixonada.



Todas as coisas que alguém te disse um dia, um dia vão sumir... Todos esses sentimentos ternos, seguros, somem. Um dia você descobre que nada é eterno, até o amor, acaba, some.



Tudo falado numa relação, as promessas, os sonhos, os sentimentos; depois que o relacionamento acaba, somem ? É possível tudo sumir ? Inclusive o respeito ? Quando a gente perde o respeito por alguém que preza ? Quando já não se preza mais ? Quando quer magoar ? Ou tudo num relacionamento é fake desde o início ? E no fim só se descobre ? Estou confusa.





segunda-feira, julho 05, 2004

Indo pro plantão daqui a pouco. Sensação de frio na barriga, de que a montanha russa vai começar a descer...

domingo, julho 04, 2004

As sensações mudam e as cores também. Quanto tempo dura isso ? Quanto tempo somos capazes de nos mantermos na superfície, respirando normalmente ? Porque no fim, a gente sempre volta pra algum lugar estranho... E quanto de agradável tem esse lugar estranho ? E qual percentual da culpa é nosso? Se é que somos verdadeiramente culpados.

sábado, julho 03, 2004

Um sabado.

Acordo triste. Por motivos desconhecidos. Uma dor surda, minha, só minha. Ninguém mais pode entender. Nem eu mesma talvez. Uma dor que vem de uma complexidade catastrófica. E na verdade eu nem sei que escolhas eu fiz pra vir parar aqui. Eu me sinto reduzida à pó. Um pó fino, insignificante, que penetra o mundo de todas as formas e escorre, indo parar no nada. Uma calmaria estranha, depois de toda a ação. Preciso encontrar o chão